
O Comitê de Prevenção e Combate à Violência (CPCV) da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) lançou, nesta quarta-feira (28/05), a segunda publicação da trilogia “Cuidando em Rede”, o guia “Cuidando em Rede – Fluxo de atendimento às vítimas de violência armada e proteção às pessoas ameaçadas”. Além disso, realizou a formação “O papel da rede extensa na atenção às vítimas de violência armada”.
No evento, que aconteceu no auditório do Instituto Doutor José Frota (IJF), a publicação foi apresentada aos profissionais da atenção secundária e terciária da política de saúde do Estado. O novo guia visa apresentar caminhos possíveis para o cuidado, orientar encaminhamentos e fortalecer a rede de apoio intersetorial para aquelas vítimas diretas ou indiretas da violência armada.
Baixe aqui o Guia “Cuidando em Rede”.
Presidente do CPCV, o deputado Renato Roseno (Psol) afirmou que o lançamento do guia é muito importante para “qualificar o atendimento e qualificar o fluxo”. “A entrada na saúde, na educação e na assistência, elas devem estar qualificadas e bem informadas, por isso a necessidade de investir em formação, para que, na sequência, a rede especializada de proteção possa ser acionada e mobilizada”, destacou.

“Ao mobilizarmos diferentes instituições, fortalecemos a prevenção terciária da violência e os caminhos para a reparação e a prevenção”, é o que disse o coordenador do comitê, Thiago Holanda, sobre o evento desta quarta-feira. Ele completou afirmando que a proposta das ações do “Cuidando em Rede” é construir práticas integradas e sensíveis às realidades vividas por pessoas vítimas de violência.
Gerente do serviço social do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Helaine Aparecida Maia reconheceu a importância do curso para “estar formando e até reciclando quem já trabalha com a temática”. Para ela, com a formação realizada pelo CPCV, os fluxos de atendimento “só têm a melhorar”, e o maior beneficiado será o próprio usuário.
Superintendente do IJF, João Gilberto Macedo ressaltou que o maior objetivo da instituição é “oferecer um serviço digno e multidisciplinar” para os pacientes que “chegam bastante abalados emocionalmente”. Por isso, possuem equipes de “psicologia, assistência social, enfermagem e fisioterapia, para acolher o paciente e dar o atendimento humanizado de que ele tanto precisa”, concluiu.