Artigo importante e preciso do médico e epidemiologista Antonio S. Lima Neto, o “Tanta”, que colaborou imensamente com monitoramento de dados e pesquisas produzidas pelo Comitê ao longo de seus cinco anos. Em sua análise sobre a epidemia de violência que o Ceará sofre há anos, Tanta cita o trabalho do Comitê e de outras instituições que se dedicam a compreender o fenômeno da violência letal no estado.
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“O inconformismo de algumas instituições, organizações da sociedade civil e autoridades levou à constituição do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA) em 2015. O CCPHA, que continua atuante, é uma parceria da Assembleia Legislativa e do Unicef e conta com a participação de diversas entidades, organizações não-governamentais e academia.”
“O monitoramento dos dados e as pesquisas realizadas pelo CCPHA, Universidades e por outras instituições tem sido, desde então, fundamental para compreender os determinantes e fenômenos sociais associados à violência letal em Fortaleza. Recentemente, por exemplo, publicações do CCPHA tem alertado para uma crescente “infantilização” e “feminilização” dos assassinatos. Até nos períodos em que há diminuição da mortalidade, os homicídios de adolescentes da faixa etária inicial de 10 a 14 anos e de jovens do sexo feminino vem aumentando sistematicamente.”