O Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA) participou, na última terça-feira (24), de reunião sobre as estratégias do ciclo de capacitações para o Selo UNICEF 2017-2020. No encontro, o coordenador do Fundo das Nações Unidas para a Infância no Ceará, Rui Aguiar, apresentou aos parceiros da certificação as propostas de atuação para os próximos meses. Dos 184 municípios cearenses, 176 já aderiram às formações para o Selo UNICEF.
Ressaltando a importância do “trabalho em rede”, Rui Aguiar apontou a divisão de quatro grupos populacionais nos eixos de trabalho: jovens excluídos, pois estão fora dos atendimentos dos serviços públicos; grupos de risco, aqueles que são atendidos, mas de forma insuficiente; vítimas, pessoas que já sofreram violências e que são consideradas “invisíveis”; e o grupo dos jovens engajados.
Técnica do Comitê pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, a psicóloga Daniele Negreiros informou que o colegiado vai acompanhar as atividades desenvolvidas pelo Selo UNICEF. Segundo Rui Aguiar, a experiência do CCPHA – que construiu recomendações de prevenção de homicídios com base em evidências de vulnerabilidades indicadas em pesquisa de campo – deve ser usada como referência para os grupos que acompanham as mortes de jovens por suicídio e causas externas. O relator do Comitê, Renato Roseno, também acompanhou a reunião.
Um dos desafios das campanhas de comunicação do Selo UNICEF é sensibilizar os gestores municipais sobre a importância das ações voltadas ao desenvolvimento do município, com foco no longo prazo e não apenas na certificação.
Dialogando com as recomendações do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, a edição 2017-2020 do Selo UNICEF incluiu a prevenção de formas extremas de violência contra crianças e adolescentes como uma das exigências para que os 1.902 municípios participantes consigam a certificação. As ações de enfrentamento à violência letal incorporadas ao Selo UNICEF partem das 12 evidências de vulnerabilidades mapeadas pelo CCPHA no relatório Cada Vida Importa.
Estavam na reunião, além do CCPHA, representantes do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ceará (CEDCA), Ministério Público, Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), Coordenadoria Especial de Relações Internacionais e Federativas (Cerif) da Prefeitura de Fortaleza, Secretaria da Saúde, Colegiado de Gestores Municipais da Assistência Social, Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE), Coordenadoria Especial de Políticas Públicas de Juventude e Instituto da Infância do Ceará.