A equipe técnica do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA) participou, nesta terça-feira (29), do Seminário de Prevenção de Homicídios em Forquilha. Sediado no Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Município, o encontro reuniu secretários municipais, estudantes da rede pública de ensino, conselheiros municipais, vereadores e representação do Ministério Público.

Relator do CCPHA, Renato Roseno reforçou a importância de os municípios assumirem a tarefa de prevenção dessas mortes. “A violência é previsível e, portanto, prevenível”, pontuou.
O sociólogo Benjamim Lucas e a psicóloga Daniele Negreiros, ambos integrantes da equipe técnica do Comitê, apresentaram os dados da pesquisa do colegiado que mapeou as trajetórias de vida de adolescentes assassinados em sete cidades do Ceará. “É necessário que haja uma ampla pactuação no enfrentamento aos homicídios”, ponderou Benjamim Lucas.

Durante a apresentação, os pesquisadores – que também fizeram a coordenação técnica da referida pesquisa de campo – citaram os três níveis de prevenção da violência (primária secundária e terciária), explicando que, diante da complexidade do atual contexto, é preciso que essas ações sejam executadas de forma integrada.

O promotor de Justiça da comarca de Forquilha, José Borges, apontou a importância de conhecer as trajetórias dos meninos assassinados para pensar políticas públicas que cheguem antes dessas mortes. “Esse jovem que morreu passou, em algum momento, pelos serviços públicos”, salientou.

Participaram do evento Elizete Araújo, do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente; Cleunia Cavalcante, secretária de Desenvolvimento Social de Forquilha; comandante Edson, do Destacamento da Polícia Militar de Forquilha; o secretário municipal de Segurança, tenente Batista Sousa; Guida Prado, secretária de governo; e Maria Herbert, integrante do Núcleo de Cidadania dos Adolescentes (NUCA) do Selo UNICEF.