Com apoio de 22 instituições, o Comitê para Prevenção de Homicídios de Adolescentes no Rio de Janeiro foi oficializado ontem (10) em evento no Centro Cultural da Justiça Federal, na Cinelândia. Em 2016, 335 meninos e meninas foram assassinados em 2016 na capital fluminense, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. No ano anterior, foram 278 vidas interrompidas – sendo a maioria meninos do sexo masculino, negros e moradores da periferia.
No ano passado, o relator do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, Renato Roseno, participou de audiência na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para apresentar o trabalho do colegiado cearense, que também já inspirou uma iniciativa em São Paulo.
Com foco inicial de atuação na capital, o Comitê terá linhas de ação complementares, inspiradas na experiência do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência. Já em 2018, o Comitê do Rio inicia sua atuação com uma pesquisa sobre as trajetórias de vida de adolescentes assassinados na capital e as dinâmicas de suas mortes para entender as histórias de vida dessas pessoas e pensar medidas de prevenção da violência letal.
Articulado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Comitê reúne Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e o Tribunal de Justiça do Estado; Comissões de Direitos Humanos, da Segurança Pública e da Criança, Adolescente e Idoso da ALERJ; Secretaria Estadual de Segurança Pública, Polícia Civil do Estado, Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e Instituto de Segurança Pública (ISP); Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos; Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDCA-RJ); Casa Civil da Prefeitura do Rio de Janeiro e Instituto Pereira Passos (IPP); além de atores da sociedade civil, como Centro de Defesa dos Direitos da Criança do Adolescente (CEDECA), Centro de Promoção da Saúde (CEDAPS), Instituto de Estudos da Religião (ISER), Laboratório de Análise da Violência da UERJ (LAV/UERJ), Luta pela Paz, Movimento Moleque e Observatório de Favelas.