O Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA) participou, na quinta-feira (21), de reunião na sede do Ministério Público Estadual sobre o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid). Estavam presentes representantes de diferentes entidades do Ceará e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Integrante do FBSP, a professora Cristina Neme explicou a proposta de pesquisa a ser feita nos estados do Ceará e de São Paulo sobre o desaparecimento de pessoas. “Quanto mais informações sobre o caso, melhor para responder aos anseios da família”, ressaltou.

O promotor de Justiça Hugo Porto, que coordenou a audiência, apresentou o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), cuja coordenação é feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, mas tem adesão de 18 unidades do MP no Brasil. “Espero que criemos uma grande rede”, reforçou, citando a necessidade de integrar as ações relacionadas ao público de desaparecidos no Brasil.

Psicóloga e técnica do CCPHA, Daniele Negreiros apresentou o trabalho desenvolvido pelo comitê cearense e relatou a preocupação do colegiado com os despejos forçados de famílias nos territórios comandados por grupos armados e a hiperviolência contra as vítimas, gerando um alto número de pessoas desaparecidas no Estado.

Durante o encontro foi sugerida parceria com a Justiça Eleitoral referente ao cruzamento de dados biométricos para auxiliar na identificação de pessoas. Ministério Público, Perícia Forense do Estado, Justiça Eleitoral e Associação dos Notários e Registradores devem se reunir para discutir a viabilidade dessa cooperação.

Os representantes das outras instituições vão levar aos seus órgãos o que foi apresentado na reunião e, em novo encontro, apresentarão devolutiva do trabalho que é feito em cada entidade e como podem participar do processo.