O trabalho do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA) foi apresentado, na última terça-feira (17), em workshop internacional no Rio de Janeiro sobre violência armada organizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), por meio da Plataforma de Centros Urbanos (PCU).

Com o tema “Proteção dos direitos de crianças e adolescentes afetados pela violência armada nos centros urbanos brasileiros”, o evento reuniu especialistas do UNICEF e representantes de diferentes países para avançar na compreensão e na troca de experiências sobre proteção dos direitos de crianças e adolescentes afetados pela violência armada no Brasil.

O trabalho do Comitê foi apresentado pelo relator do CCPHA, Renato Roseno, ao lado de iniciativas da Colômbia e Jamaica. Ele citou as 12 recomendações para prevenir homicídios na adolescência, resultado de pesquisa que mapeou as trajetórias de vida de adolescentes assassinados em sete municípios do Ceará. Em Fortaleza, 94% dos meninos assassinados foram mortos por arma de fogo. Já em Horizonte, esse percentual chega a 100%.

Todas as experiências apresentadas no workshop relacionavam-se a uma perspectiva mais ampla de segurança pública, priorizando a prevenção da violência letal em vez de apenas ações repressivas. A experiência cearense tem sido estudada em outros estados. O Rio de Janeiro inaugurou neste ano um comitê de prevenção de homicídios de adolescentes, e São Paulo está desenhando iniciativa semelhante.